O projeto “Arte e Moda: da nudez
ao pudor” foi vivenciado durante o III bimestre letivo (entre julho e setembro)
de 2012. Ao longo do período, os alunos reconheceram elementos e técnicas
visuais inerentes à Arte e a Moda, tais como, o uso e estruturação das formas através dos volumes, simetria, assimetria, movimento, caimento e leveza. Buscaram também pesquisar materiais alternativos para a produção de peças do vestuário, enquanto via expressiva e estilística.
Ao longo do bimestre, os discentes analisaram e conheceram a história e importância do vestuário ao longo dos séculos, através de imagens e explanações apresentadas durante as aulas. Vimos desde o uso do vestuário como forma de sobrevivência, durante o período Pré-histórico, passando pela adequação aos aspectos sociais e ambientais nas civilizações da antiguidade, como também pelos simbolismos cromáticos e pudor cristão medieval, a roupa como símbolo de status e opulência na Era Moderna. Observamos também como se desenvolveu o vestuário no século XIX e a preparação e do que no século XX, explodiria como uma grande indústria: A Moda.
A partir daí, observamos e analisamos a obra de diversos estilistas, suas criações e o contexto ao qual estavam inseridos. Quais suas contribuições e avanços no mundo da Moda e na cultura?
Ao longo do bimestre, os discentes analisaram e conheceram a história e importância do vestuário ao longo dos séculos, através de imagens e explanações apresentadas durante as aulas. Vimos desde o uso do vestuário como forma de sobrevivência, durante o período Pré-histórico, passando pela adequação aos aspectos sociais e ambientais nas civilizações da antiguidade, como também pelos simbolismos cromáticos e pudor cristão medieval, a roupa como símbolo de status e opulência na Era Moderna. Observamos também como se desenvolveu o vestuário no século XIX e a preparação e do que no século XX, explodiria como uma grande indústria: A Moda.
A partir daí, observamos e analisamos a obra de diversos estilistas, suas criações e o contexto ao qual estavam inseridos. Quais suas contribuições e avanços no mundo da Moda e na cultura?
A roupa pode ser
considerada um objeto de arte?
Os grandes
estilistas do século XX a consideravam. Tanto é, que durante este período surge
o conceito de alta-costura, ou seja, roupas tão perfeitas, produzidas com
materiais tão finos, que são consideradas obras- primas. O século XX foi sem
dúvida um período de grandes transformações no mundo da moda. Foram criadas
peças polêmicas como o biquíni e a minissaia. É nesta época que os estilistas revolucionam
a forma de se vestir ousando com novas propostas e materiais.
Paul Poiret. Um dos pioneiros da moda no início do
século XX, libertou as mulheres das roupas apertadas criando peças soltas e
fluídas, refletindo a ideia de uma mulher que buscava mais liberdade e espaço
dentro da sociedade.
Madeleine Vionnet. Criava peças inspiradas na
estatuária clássica, tentando devolver a Europa arrasada pela primeira grande
guerra, o brilho das civilizações clássicas.
Gabrielle Coco Channel. Considerada a
grande estilista do século XX, concebeu peças visando dar mais versatilidade a
mulher, tais como o tailleur e a calça comprida feminina. São dela ainda a
bolsa e o corte de cabelo a “La Channel” e os sapatos bicolores femininos.
Christian Dior. Para Dior a mulher perdeu a
feminilidade no início do século, por isto, ele desenvolveu roupas com a
cintura estreita, saias volumosas, luvas e chapéus.
Yves Saint-Laurent. Considerado o
príncipe da alta-costura, articulou arte e moda como nenhum outro.
Saint-Laurent criou coleções onde muitas das padronagens dos tecidos eram inspirados
ou copiavam grandes telas de artistas europeus. O vestido inspirado num quadro
de Mondrian é um dos mais conhecidos.
Cristóbal Balenciaga. Estilista
espanhol, tinha como marca a elegância, contudo, inspirada na austeridade e sobriedade
de suas composições.
Rudi Gernreich. Embalado pela Revolução Sexual,
concebeu um novo estilo de Moda: o Unissex. Gernreich articulava as linhas da
Op arte para criar ilusões óticas. Inventou o monoquíni, um ousado traje de
banho, que poderia ser utilizado tanto por homens quanto por mulheres.
Paco Rabanne. Inseriu no vestuário os não-tecidos
como: metal, vinil, plástico, criando roupas com planos geométricos
estrategicamente pensados e articulados.
Vivienne Westwood. Inglesa,
considerada mãe da moda punk, tinha como característica a ousadia de suas
composições e ações. Roupas rasgadas, sem mangas e misturas inusitadas como
rendas e jeans eram suas marcas.
Alexander McQueen. Da mesma geração
de John Galiano, Tom Ford, e Stella McCartney este inventivo estilista criava
roupas tão surreais como a pintura de Dalí, seus sapatos obras primas do
designe chamavam a atenção pela exuberância e estranhamento.
Processos de Composição da Mostra
As estilistas locais Rayssabelle e Ildelany demonstrado o processo compositivo de uma roupa em papel. |
As estilistas e os alunos da 8ª E, tarde, pousando junto a criação |
Alunos compondo os banners de papel, onde seriam colocados as criações famosas de grandes estilistas.
|
Alunos da 8ª D, manhã, desenvolvendo o desenho a a pintura dos banners de papel para a exposição |
Os alunos da 8ª E, Tarde, produzindo as flores de papel para o vestido proposto e executado coletivamente pela turma |
Montagem da Mostra
A montagem da sala foi um trabalho conjunto entre as/os alunas/os da 8ª B e E. Cada grupo ficou responsável por determinados itens da exposição: montagem final dos banners; afixação dos tecidos, afixação das bonecas;montagem final das criações dos vestidos de papel; montagem dos murais; limpeza e organização final
Bonecas/os: diferentes momentos do vestuário
Cada grupo de alunos, conforme visto nas aula foi direcionado a pesquisar e compor bonecos contendo o vestuário da época. Para tal eles lançaram mão de pesquisa em livros antigos de história, pinturas de época e buscas na internet.No fim, alguns foram bastante fiéis, outros de sua forma (pois nem todos possuíam destreza com agulhas, linhas e tecidos) conseguiram compor seus bonecos/as
Pré História
No início da
humanidade, a nudez não era considerada imoral, e sim natural, os critérios de
moralidade ou imoralidade não existiam. Era apenas o corpo nu que se fazia uso
para atrair, reproduzir e sobreviver. Com as invenções que facilitaram a caça,
o homem foi pouco a pouco lançando mão das peles de animais, da grama e de
outras fibras naturais para sobreviver do ataque de animais e do frio intenso.
A roupa não era um artefato de status, e sim, de sobrevivência.
Antiguidade Egípcia
O linho era a
principal fibra têxtil do Egito Antigo, faziam parte do vestuário as perucas e
as joias, como forma de adorno para os mais ricos. As roupas eram simples e o
corpo era visto com naturalidade, haja vista, as criadas do faraó que sempre
são representadas nuas ou com roupas transparentes.
Antiguidade Greco-romana
Na Grécia e na
Roma antiga o corpo era símbolo de culto, principalmente o corpo masculino, por
isto a maioria das esculturas daquele período eram representadas nuas. As
roupas eram simples, fáceis de vestir e geralmente feitas de lã.
Vestuário Bizantino
Idade Média
Com o advento do
Cristianismo como religião oficial o corpo passa a ser visto como algo
pecaminoso, tendo de ser coberto. Devido a isto as roupas passam a ser longas e
bastante fechadas. As cores possuíam simbolismos para cada classe. O vermelho
era a cor da nobreza, o azul era a cor dos mais pobres.
Renascimento e Era Moderna
Com o
aquecimento do comércio entre Ocidente e Oriente, a nobreza passa a importar e
utilizar tecidos finos como sedas e veludos brocados e estamparias. O vermelho
continua sendo a cor da nobreza e do clero, enquanto, o verde passa a ser a cor
da fertilidade feminina.
Cortes Absolutistas Francesas
Cada corte
europeia criava sua moda, como forma de identidade, porém, as cortes francesas
eram as mais copiadas em termos de vestuário e costumes. As cortes dos Luíses,
os vários reis franceses, eram sinônimas de luxo e elegância. Saias volumosas,
perucas, joias, luvas, tecidos finos e rendas eram essenciais às mulheres elegantes.
É neste período que o salto-alto é criado como artefato para dar mais altura e
elegância ao rei Luis XIV. Os homens nobres por sua vez, usavam as calças cullote, bastante apertadas e curtas
como símbolo de poder, já os mais pobres vestiam as sans-cullote, longas e folgadas, típicas das classes baixas.
Elisabethano
Já a corte
inglesa da rainha Elisabeth I, primava pela imagem e elegância da rainha como
sendo a imagem do próprio estado. O vestuário da rainha devia parecer tão
poderoso quando o país que ela representava. Por isso, ela estava sempre
coberta de joias e tecidos bordados de ouro, prata e pérolas.
Século XIX
No início do
séc. XIX, as saias ainda são volumosas, mas gradativamente vão diminuindo. Estilos
e diferentes modismos são criados, inclusive o Vestido Império, típico das
cortes napoleônicas. Os espartilhos ainda apertavam as mulheres e é no fim do
século que uma peça bastante utilizada hoje é criada - a calça jeans - que inventada para uso de operários, hoje é
utilizada por ricos e pobres, antenados ou não.
Fotos da Exposição
História do Vestuário/Moda visualizada através das roupas de bonecas/bonecos |
Banners com representações de criações de 10 grandes estilistas do séc XX. |
Criações coletivas dos alunos |
"Vejo flores em você", foi uma composição coletiva da 8ª E, da tarde. |
Inspirados em Alexander Mcqueen os alunos da 8ª G, noite, conceberam suas versões de sapatos |
Doçura, foi concebido coletivamente por um grupo de meninas das 8ª B e C |
Williamberg preparando-se para apresentar a mostra, em frente ao painel de croquis. |
Alunos da escola apreciando a Mostra |
Thaynáh e Harley explanando acerca da História do Vestuário |
Wilma "provando" um Dior |
Lúcia Ferreira apreciando a Mostra |
Alunos do EREMFO sob a batuta do competente colega Jaise Antonio |
A diretora adjunta Maria José Martins sempre registrando tudo |
Hilsamar "pasma" em reconhecer sua criação exposta |
Maria e Gugu |