terça-feira, 31 de julho de 2012

Corpus Christi

Atendendo a uma solicitação da paróquia da cidade de Itambé, os alunos da  Escola Arruda Câmara conceberam um tapete para a procissão de Corpus Christi . A atividade foi desenvolvida durante as aulas de Artes por um grupo de alunos.

Parabéns aos alunos Ademir Ernesto, Érica Trindade, Rysthones Dayvison, Carlos Henrique Carlos Eduardo e Alisson Meireles  que desenvolveram a pintura, onde também contou a colaboração do aluno Daniel Ferreira , do 1º D, na coordenação do trabalho.



terça-feira, 3 de julho de 2012

Religião de Matiz Africana

Religião de Matriz Africana

A lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional coloca que:
Art. 1o A Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 26-A, 79-A e 79-B:
"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
§ 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.
§ “2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.”
Mesmo estando contida como exigência nos currículos escolares conforme coloca a LDBEN –, algumas temáticas ainda são rechaçadas na maioria das escolas, quer pela prática de alguns gestores,b pseudo-educadores ou ainda pais de alunos pautados pelas representações mais xiitas do cristianismo. Por séculos os afro-descendentes brasileiros sofreram e sofrem com práticas discriminatórias com relação à cor de sua pele e em conseguinte as práticas sociais, culturais e religiosas. Ao trabalhar temáticas acerca do negro, opta-se muitas vezes de forma corajosa a discutir na escola a questão religiosa - alvo de muito ojeriza – uma vez ser o preconceito a ignorância e a falta de respeito à pluralidade humana. Só o conhecimento e a boa educação fazem com que as pessoas passem a respeitar os diferentes pontos de vista, conforme colocou Voltaire, pensador iluminista francês, há séculos atrás: "Posso não concordar como que você diz
, mas defenderei até a morte o direito de você dizer o que pensa"
Desassociar religião e cultura afro , empurrando-a para baixo do tapete, é como encobrir fatos importantes na História do Brasil ou ignorar o clamor de uma criança ou de um idoso.
O vídeo abaixo contém o registro da um dos trabahlos mais completos e bonitos sobre a questão religiosa afrobrasileira coordenado de forma corajosa pela professor Magda Pimentel e elencado pelos alunos dos 1º anos do Ensino Médio de 2011.
Na apresentação durante a mostra cultural da Escola Arruda Câmara, a sala coordenada por Magda mostrou a beleza da dança, do batuque e das músicas entoadas nos terreiros. Em cuidadosa pesquisa teórica da docente e o  apoio empírico do aluno Jamerson Rodrigues, prestaram assim, uma respeitosa e devida homenagem as religiões de matriz africana. A apresentação começava com um coreografia performatizada por alguns alunos e em seguida expunha-se de forma bem didática questões acerca da Umbanda e do Candomblé, suas diferenças e simbolismos. Por fim os alunos encenavam uma gira festiva cantando e convidando o público a literalemnte despir-se dos preconceitos e “entrar na roda”.  
Fica aqui registrado meu imenso respeito e aplauso a professora Magda Pimentel, uma verdadeira educadora no sentido amplo do termo. Despindo-se de todo e qualquer preconceito, com um domínio do tema e de situações diversas, estando entrosadíssima com todos os educandos, cantando e dançando como uma verdadeira diva negra.
Aplauso a professora Rogéria e ao aluno Jamerson Rodrigues por todo o apoio neste brilhante trabalho que sem a participação deles e dos demais também não teriam obtido o sucesso que foi, causando filas (e até confusão) para a apreciação!


II Mostra de Artes Visuais - Habita-se


Segundo o Dicionário Aurélio, habitar significa “Ocupar como residência; residir, morar, viver em”. Num sentido mais lato, não habitamos apenas um espaço físico de alvenaria, madeira ou taipa, habitamos uma rua, cidade... continente...planeta...
Enfim, habitamos vários lugares onde incutimos nosso ser, nossa existência, quer sejam estes ambientes físicos ou imateriais, públicos ou privados. O corpo, a casa, a cidade, o universo e outras tantas representações são formas diversas de se visualizar o conceito habitar, pois, o corpo é a morada da alma, assim como a casa é a morada do corpo...
Inerente a idéia de “ocupar, morar, viver” é necessário ao ser humano interiorizar o conceito de cuidar, preservar, respeitar, uma vez que, para viver bem urge zelar idem. Conhecer e refletir acerca de onde, como, quando, e em quê, se vive fomenta o entendimento da importância de cada lugar habitável e conseqüentemente do respeito a tal.
Distinguir as diferentes visualizações, observar a multiplicidade espacial e temporal, além de como a Arte, o design e a mídia imagetizam o ideário de “habitar”, incute mesmo que de forma franzina o germe do saber e do pensar.
Ver, compreender, refletir e por fim construir com base nas imagens e saberes observados ao longo do primeiro semestre permeou as ações do projeto
Habita-se. A reflexão sobre o conceito “Habitar” em sua diversidade atrelada ao conhecimento das diferenças multiculturais e temporais a partir da apreciação estética e articulação de artes visuais, ecologia e sustentabilidade culmina (ou) numa ação e produção artística e consciente.
Estabelecer relações entre áreas distintas das Artes Visuais( Arquitetura, Designer e Arte Contemporânea) e consciência ambiental e ecológica, possibilitou não só o recolhimento e reuso de material descartado, assim como, lançar novos olhares     




Relato acerca do projeto


O projeto Habita-se visou antes de tudo cultivar no educando o respeito e conscientização com relação à conservação dos ambientes. Articularam-se então as idéias de preservação ambiental e do patrimônio artístico e histórico, designe e mobiliário sustentável e maior engajamento ecológico. A idéia não era apenas desenvolver atividades no componente curricular Artes de reaproveitamento do lixo para a composição de mobiliário e designe verde, mas, ampliar a visão dos alunos acerca do conceito de habitar. Habitamos vários ambientes íntimos ou não: corpo, casa, rua, cidade, país, planeta, universo...
O projeto foi aplicado nas 21 turmas que eu ministrava aulas no ano letivo de 2010. Possuía um caráter de abrangência amplo, pois, quase todas as turmas de Arte da escola eram minhas. O planejamento e pesquisa foram gerados como um filho durante as férias de janeiro, para ser aplicado naquele ano. Cada turma recebeu conteúdos específicos: discussões acerca do conceito de habitação; tipos de moradias em épocas e locais diferentes, história e estilos arquitetônicos, do mobiliário e do designer, visitas e valorização da arquitetura da cidade como referenciais afetivos, estéticos e históricos; coleta e limpeza de material reciclado para produção; desenvolvimento individual e coletivo de projetos de ambientação, mobiliário e objetos; diferenciação e valorização entre as funções de arquitetos, designers, decoradores, cenógrafos e profissões afins; oficinas de criação e composição; arquitetura e designe sustentável entre outros temas observados ao longo de seis meses.
Norteando-se pela discussão de imagens de grandes eventos como Casa Cor, profissionais da visualidade que focam no conceito de preservação ambiental e em consonância com novas propostas de Ensino de Arte e articulação com outras disciplinas, objetivou-se um processo de educação amplo e conscietizador. Inspirado pela proposta do Plano 72, do professor da UFPB Marco Aurélio Damasceno, vislumbrei que a exposição poderia ser feita num emblemático casarão abandonado em frente à escola. A casa, hoje aos pedaços, é uma referência daquela parte da cidade. Visei, assim como Damasceno, em “habitá-la” durante uma semana, expondo com meus alunos a possibilidade de preservação tanto do prédio, como do reaproveitamento de “refugo” para a produção de mobiliário.
Todavia, apesar do sonho de educar verdadeiramente, de cumprir o que coloca a LDB na formação da construção da cidadania, o projeto não culminou no que eu ingenuamente vislumbrei. Contava com o apoio da gestão, da secretaria para as questões logísticas e externas à escola. Apresentei o projeto durante o planejamento, no inicio do ano, a algumas coordenadoras do órgão responsável pela Educação da cidade, que de antemão se propuseram a ajudar, assim como, a então vice-prefeita a articular a liberação do prédio almejado para a exposição. O que vi ao longo do ano foi à luta de Dom Quixote contra os moinhos de vento. Sem laboratório para armazenar o material e com uma minúscula sala prometida pela gestão da escola para guardar as produções, os trabalhos dos alunos iam pouco a pouco de deteriorando. A falta de material para desenvolvimento das atividades foi outro fator muito desagradável, chegando muitas vezes a desembolsar de meu salário para desenvolver as oficinas. O desdém e o descaso pelo projeto por parte da secretaria e gestão escolar em sua execução foi altamente desgastante. Contudo, a única coisa que ainda me mantinha era a disposição e alegria dos alunos nas atividades, principalmente nas oficinas de criação. Como só era uma aula de Artes por semana em cada turma, eles vinha durante a noite ou em contra turno, durante minhas aulas atividades, para finalizar ou produzir o que não podia ou não pode ser feito em sala de aula. Outrossim, a contribuição e incentivo da gestora adjunta Maria José Martins que sempre estava ao meu lado nas idas e vindas infrutíferas a Secretaria de Educação do Município.
A exposição que deveria acontecer fora do ambiente escolar, acabou sendo realizada no pátio da escola, uma vez que a vice-prefeita e as coordenadoras da secretaria não cumpriram sua parte. Tive de comprar uns tecidos e improvisar junto aos alunos para expor durante três dias a produção deles a comunidade.
Trabalhos e projetos importantes de alguns alunos não puderam ser expostos uma vez que não possuímos paredes e muitos eram site especific. Muitas instalações e objetos foram deteriorados ao longo do ano pela falta de respeito inclusive de alguns funcionários da escola. Por fim, o que se visualizou com uma experimentação artística altamente rica para os educandos, aos moldes de uma Casa Cor ou Plano 72 malogrou numa exposição quase que imposta a ser feita urgencialmente uma vez “que o lixo produzido pelo professor de artes e seus alunos estava atrapalhando um depósito da escola”.
O que fica de positivo é a semente plantada junto aos meus alunos da amplitude da disciplina artes na construção do cidadão, assim como no engajamento dos mesmos no trabalho e no objetivo do projeto: eles querem fazer diferente e anseiam pelo melhor. O que lastimo é a falta de compromisso de quem gere os setores responsáveis em apoiar projetos educacionais voltados a uma formação edificadora e para um mundo melhor.










Material reciclável coletado pelos alunos do Colégio Municipal professor Nivaldo Xavier de Araújo




Higienização das garrasfas plásticas e outros materiais pelos alunos da 7ª A , manhã. A energia e empolgação fez com que eles viessem mesmo num dia facultativo.


A 7ª Série, do turno vespertino montando, em grupo, uma  poltrona de garrafas plásticas. 


Marco e Neto montando uma poltrona na 7ª D




As alunas  Rosângela e Iracielle compareceram no contra turno para desenvolver os acabamentos finais nesta mesinha de canto, feita com latas e jornal.
O aluno Juliano Sérgio produzindo luminárias de mesa com garrafas plásticas.



Alunos da 7ª A, manhã, triando tampas de garrafas plásticas por cores.

Os alunos Higor, Clayton, Givanilson e Jaqueline produzindo luminárias na 8ª C, manhã. 


Cartaz/convite da Mostra 




Luminárias produzidas pelos alunos utilizando copos descartáveis e potes de iogurte. 


Luminária produzida por Lucas Braz e Leonardo fazendo uso de vedantes de latas de alumínio e lâmpadas queimadas unidas por massa adesiva.






Móbile produzido coletivamente pelas 8ª C e D e finalizado por Clayton Inácio




Móbile de dia , luminária à noite.




Releitura de Napoleão a caminho dos Alpes desenvolvida pelos alunos Juliano Sérgio e Everson Rodrigues. Os alunos passaram cinco horas pacientemente montando este tapete/piso de tampas plásticas medindo 4 x 2,5 metros




Mural de tampas plásticas desenvolvidas por Taís Lins e Débora


Releitura da Monalisa desenvolvida por Tais Lins e Débora 






Vista parcial da mostra que ocupou grande parte do pátio escolar






Poltrona produzida com placas de isopor, papelão e jornal.


Poltrona e puff composta por garrafas plásticas e papelão, desenvolvida pela 7ª E e finalizada por Tarcísio e Juliano




Ambientes compostos pleos alunos:puffs, luminárias,mesinhas, estantes e poltronas