terça-feira, 3 de julho de 2012

Religião de Matiz Africana

Religião de Matriz Africana

A lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional coloca que:
Art. 1o A Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 26-A, 79-A e 79-B:
"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
§ 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.
§ “2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.”
Mesmo estando contida como exigência nos currículos escolares conforme coloca a LDBEN –, algumas temáticas ainda são rechaçadas na maioria das escolas, quer pela prática de alguns gestores,b pseudo-educadores ou ainda pais de alunos pautados pelas representações mais xiitas do cristianismo. Por séculos os afro-descendentes brasileiros sofreram e sofrem com práticas discriminatórias com relação à cor de sua pele e em conseguinte as práticas sociais, culturais e religiosas. Ao trabalhar temáticas acerca do negro, opta-se muitas vezes de forma corajosa a discutir na escola a questão religiosa - alvo de muito ojeriza – uma vez ser o preconceito a ignorância e a falta de respeito à pluralidade humana. Só o conhecimento e a boa educação fazem com que as pessoas passem a respeitar os diferentes pontos de vista, conforme colocou Voltaire, pensador iluminista francês, há séculos atrás: "Posso não concordar como que você diz
, mas defenderei até a morte o direito de você dizer o que pensa"
Desassociar religião e cultura afro , empurrando-a para baixo do tapete, é como encobrir fatos importantes na História do Brasil ou ignorar o clamor de uma criança ou de um idoso.
O vídeo abaixo contém o registro da um dos trabahlos mais completos e bonitos sobre a questão religiosa afrobrasileira coordenado de forma corajosa pela professor Magda Pimentel e elencado pelos alunos dos 1º anos do Ensino Médio de 2011.
Na apresentação durante a mostra cultural da Escola Arruda Câmara, a sala coordenada por Magda mostrou a beleza da dança, do batuque e das músicas entoadas nos terreiros. Em cuidadosa pesquisa teórica da docente e o  apoio empírico do aluno Jamerson Rodrigues, prestaram assim, uma respeitosa e devida homenagem as religiões de matriz africana. A apresentação começava com um coreografia performatizada por alguns alunos e em seguida expunha-se de forma bem didática questões acerca da Umbanda e do Candomblé, suas diferenças e simbolismos. Por fim os alunos encenavam uma gira festiva cantando e convidando o público a literalemnte despir-se dos preconceitos e “entrar na roda”.  
Fica aqui registrado meu imenso respeito e aplauso a professora Magda Pimentel, uma verdadeira educadora no sentido amplo do termo. Despindo-se de todo e qualquer preconceito, com um domínio do tema e de situações diversas, estando entrosadíssima com todos os educandos, cantando e dançando como uma verdadeira diva negra.
Aplauso a professora Rogéria e ao aluno Jamerson Rodrigues por todo o apoio neste brilhante trabalho que sem a participação deles e dos demais também não teriam obtido o sucesso que foi, causando filas (e até confusão) para a apreciação!


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