quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Calungas e Orixás - Escola Arruda Câmara

A Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, visa oportunizar ao educando compreender a contribuição dos africanos na construção da identidade cultural brasileira. Ao compreender a importância do elemento africano, o aluno passa a desconstruir o estereótipo de uma hierarquia étnica. Durante anos a estereotipia racial no Brasil formulou a idéia de que tudo atrelado universo africano ou ao negro seria menor ou ruim. Assim, por décadas manifestações como lundu, batuque, Ijexá, capoeira, coco, congadas, maracatu, samba e etc, foram apontadas como menores, marginais, recriminadas ou até oprimidas. Apesar da gradual mudança de pensamento apoiada  por  leis que beneficiam e protegem  afro-descendentes de atos de preconceito e racismo, muito ainda tem de ser feito. Um exemplo dos resquícios de hierarquia étnica, alicerçadas pela sociedade escravista colonial que perdura ainda atualmente, é o conceito de que religiões de matriz africana são erradas ou vinculadas a ações do mal. 
Pautando-se em desconstruir estereótipos, ampliar os conhecimentos acerca das representações religiosas afro-descendentes e discutir a ojeriza as representações mitologicas africanas junto aos discentes do 2º ano do Ensino Médio, optou-se  pelo enfoque no bimestre ao universo afro-brasileiro. Para tal, focamos traçar um paralelo através da produção artistica entre duas vertentes um pouco diferentes, mas, que possuem em comum a raiz africana.No Maracatu, as calungas são bonecas ricamente adornadas essenciais durante as manifestações ou cortejos. Na umbanda  possui um significado diferente, estando ligado as hierarquias de espiritos ou entidades. Através do conhecimentos de alguns orixás do panteão africano, os alunos conceberam algumas "calungas", partindo das bonecas dos Maracatus, contudo, observando elementos referentes a cada órixá. Esta atividade teve um caráter de experimentação artística, fomentando aos discentes o conhecimento acerca da visualidade de crença nas religiões de matriz africana.
 
OXUM: orixá das águas doces e do outro, e ligada ao amor e à fertilidade. É feminino, e suas cores são o amarelo e o dourado. No sincretismo, associa-se a Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora Aparecida. Produzida por Silvânia, Edleuza e Gilson.


 
  IANSÃ: orixá dos relâmpagos e ligadas aos espíritos dos mortos. É feminino, e suas cores são o marrom, o vermelho-escuro e branco. Associa-se, no sincretismo, a Santa Bárbara.

 OBA: orixá da água e ligada ao trabalho doméstico, e ao poder da mulher. É feminino, e suas cores são o vermelho e o dourado. Associa-se, no sincretismo, a Santa Joana d’Arc. .


YEMANJÁ: orixá das grandes águas, mares e oceanos, e ligadas à maternidade. É feminino, e suas cores são o azul-claro, o branco e o verde-claro. Associa-se, no sincretismo, a Nossa Senhora das Candeias (ou Navegantes) e Nossa Senhora da Conceição. Produzida por Silmara e Thais Marques

Oxum. Produzida por Kênia Leandra, Morgana, Raysa, Elaine e Vanessa Araujo.

 OXUMARÊ: orixá do arco-íris. É andrógino, e suas cores são o amarelo, o verde e o preto. Está associado no sincretismo a São Bartolomeu. Produzido por Milane, Ednalda, Ana Virgínia, Kelson e Keiciane.

 OSSAIM: orixá da vegetação e ligado às folhas. É masculino, e suas cores são o verde e o branco. No sincretismo, associa-se a Santo Onofre.

EXU: orixá mensageiro; guardião das encruzilhadas e da entrada das casas. É considerado masculino, e suas cores são o vermelho e o preto.


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